quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Manobra e Baliza

MANOBRA

É o movimento executado pelo condutor para alterar a posição do veículo no momento em relação à via e que ocorre geralmente em espaços restritos. Como no trânsito um fator fundamental é a comunicação, antes de iniciar uma manobra, o condutor deverá sinalizar sua intenção e verificar as condições de segurança para executá-la. O Código Brasileiro de Trânsito, em seu Artigo 34, diz que o condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, pretendem ou não cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Para realizar uma boa manobra deve-se estar atento a alguns fatores importantes:
·   Diferentemente do que muita gente pensa, o que faz o carro andar é a embreagem e não o acelerador. Mesmo que eu afunde o pé no acelerador se eu mantiver o pé na embreagem o carro não sairá do lugar, apenas fará muito barulho. Mas se eu soltar devagar a embreagem, sem acionar o acelerador, chegará em um ponto em que o carro se movimentará;
·      Nos movimentos em baixa velocidade usamos basicamente o controle da embreagem;
·     Há uma relação direta entre velocidade do carro e agilidade para virar o volante, ou seja, quanto mais rápido estamos, mais rápido temos que virar o volante e menor controle teremos para atingimos de forma precisa a nossa meta;
· É importante ter uma boa noção sobre o posicionamento do carro e suas dimensões;
·        A traseira de seu carro é sempre mais difícil de posicionar que a dianteira. Então Leve sempre primeiro a traseira para seu lugar, depois a dianteira.
·    Levamos mais tempo para aprender a manobrar do que para aprender a trafegar. Portanto é fundamental perseverança e paciência;
·   Se ao estacionar erramos a posição do carro é mais fácil desfazer e reiniciar todo o processo do que tentar corrigir.

Em resumo, para fazer uma boa manobra é necessário decisão antecipada de como realizar a manobra, menor velocidade possível, perseverança e paciência.
  
BALIZA

Um dos exercícios mais básicos, porém um tipo de manobra que oferece mais dificuldade ao motorista. É um movimento em "S" executado obrigatoriamente em ré, por isso é importante lembrar que, para facilitar o controle da direção necessitamos, em uma velocidade adequada, posicionar a traseira do carro antes de trazer a dianteira para o seu lugar. Se viramos o volante muito rápido, alcançamos a calçada antes que a frente chegue em seu lugar. Se viramos muito devagar, ficamos com a traseira do carro longe da calçada. A correção melhor para qualquer um dos dois erros é sair e reiniciar a manobra.

Vejamos o processo passo a passo:

Alinhe a traseira com o carro ao lado


Vire o volante todo em direção à calçada


Visão da vaga no espelho do lado da calçada


Visão do espelho da rua (irrelevante)

Faça a ré até que a traseira aponte a calçada


Espelho de fora com o meio do carro de trás alinhado com a lateral do seu carro
 Momento de endireitar a direção


Mantendo a direção alinhada, vá de ré até cerca de um metro da calçada e então vire a direção toda para o lado da rua 


Afaste até ver o carro de trás nos dois espelhos de fora 




sábado, 6 de agosto de 2011

ALAVANCA DE CÂMBIO


Passar a marcha pode ser uma tarefa um pouco complicada para quem está sendo iniciado na direção automotiva. Isso se deve pelo não conhecimento correto do mecanismo ou pela ansiedade em mudar rapidamente de marcha, achando que assim não “arranhará” a caixa ou não deixará o carro morrer.
Necessidade de mudar rapidamente o câmbio pode ser sinal de que a hora não está apropriada. Então lembre-se sempre de mudar sua marcha antes das curvas, subidas, descidas, obstáculos, etc. e também que a ré, a primeira e segunda são consideradas marchas de força e a partir da terceira, marchas de velocidade. 
Este procedimento pode ser executado de forma simples, desde que trabalhemos seguindo algumas instruções úteis:
1.            O ponto morto da alavanca de câmbio representa a linha "horizontal" no câmbio do seu veículo. As linhas "verticais" são as posições das marchas.

2.            As alavancas tem normalmente algumas molas para auxiliar o engate das marchas. Nos carros de seis marchas, por exemplo, existem duas molas que posicionam a alavanca no cruzamento entre a linha "horizontal" do ponto morto e a linha da 3a e da 4a marcha.




3.            Quando for mudar de marcha leve a alavanca com um movimento bem definido até a outra marcha. Mudando-a com suavidade e precisão dificilmente terá problemas para acertar a sua posição.


4.            Passando da 1a para a 2a - segure a alavanca à esquerda e puxe a alavanca para trás. Caso deixemos de manter a alavanca à esquerda, a mola a puxará para a direita e entrará a 4a.



5.            Passando da 2a para a 3a -  desengate da segunda, DEIXE QUE A MOLA LEVE A ALAVANCA PARA FRENTE DA 3A e empurre para frente sem deslocar a alavanca para a direita.


6.            Nas outras proceda da mesma forma. 




Normalmente os modelos de carro tem um sistema de marchas bem parecido, diferenciando apenas em relação à ré. Observe os exemplos abaixo:





Como sei a hora de mudar a marcha?
Uma maneira fácil para os motoristas iniciantes se orientarem a respeito do momento de trocar a marcha é utilizando o velocímetro como referênciaAlguns carros até contam com uma marca no velocímetro para facilitar, mas como regra pode-se adotar o seguinte esquema: ao arrancar, procure não esticar demais a primeira marcha, ao atingir 20 km/h já é o suficiente para trocar pela segunda. Na segunda utilize até 30 ou 35 km/h, passe para a terceira e nela permaneça até no máximo 45 ou 50 km/h. Na quarta vá para 60 km/h e se for andar por determinado tempo nessa velocidade passe para a quinta marcha. Se você estiver em uma estrada em que a velocidade limite for de 120 km/h, por exemplo, você pode acelerar em terceira até 60 km/h, depois na quarta até 90 km/h e na quinta até os 120 km/h. 
Não esqueça que o erro é normal em qualquer processo de aprendizagem e que qualquer habilidade só é aperfeiçoada com prática e tempo.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Pensamento X Ação

  Ü   LEMBRANÇA

PASSADO            PRESENTE          FUTURO

         PLANEJAMENTO    Þ



O nosso poder está no agora. 
Do passado só posso ter lembranças e o futuro só posso planejar.
Lembrar e planejar são ações do presente!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

ACABE COM O MEDO DE DIRIGIR!!!


TRATANDO O MEDO DE DIRIGIR



Perder completamente o medo é colocarmo-nos vulneráveis aos perigos do mundo e dificultar a nossa sobrevivência, assim como estar isentos de ansiedade é impossibilitar a nossa capacidade de agir. Conclui-se então que qualquer intervenção que objetiva a eliminação total do medo e da ansiedade está fadada ao fracasso, já que isso não faz o menor sentido.
O objetivo de um tratamento do medo e ansiedade é ensinar o sujeito a controlar estas emoções, usando-as de forma apropriada para o funcionamento de sua vida, e não paralisando-se diante delas. Brigar com a ansiedade só a faz crescer. A saída, então, é aceitá-la e aprender a controlá-la.


Tornar-se motorista

Tornar-se motorista requer um processo que ocorre em três estágios:

·                    Autocontrole – qualquer nova experiência provoca estresse no organismo, seja ela boa ou não. Isto ocorre porque quando mudamos nossa rotina sofremos um desequilíbrio que necessita adaptação à nova situação e esse processo vem acompanhado de ansiedade. Esta reação também acontece quando colocamos o trânsito em nossa rotina e as sensações de ansiedade e medo são extremamente normais. Nesta fase a minha atenção fica voltada para as minhas sensações corporais, o que causa intensa preocupação e sensação de descontrole.  Por isso a dificuldade de manipular o veículo e coordenar mãos, pernas etc.

·                    Controle da máquina – nesta fase as minhas reações (tremores, sudorese, taquicardia etc) estão mais controladas e posso dar maior atenção aos comandos do carro. Pensar sobre o momento de passar a marcha (associando alavanca de câmbio e embreagem), pisar no freio, sinalizar as manobras etc.

·                    Controle do ambiente – esta é a fase em que dirigir se torna uma habilidade natural e não tenho mais que ficar pensando nos comandos. Tudo acontece de forma automática. Também não faz mais sentido o auto-monitoramento, em que busco entender as reações físicas. A minha atenção está totalmente voltada para o trânsito.

Todo motorista, mesmo o mais hábil, passou por este processo. O problema é que no auge da sua experiência a maioria esquece isso e tem dificuldade para entender aquele que está iniciando ou que está enfrentando um problema como a fobia de dirigir. Por isso é comum, na tentativa de ajudar os fóbicos, estes motoristas alimentarem o problema com suas críticas e impaciência.



PROGRAMA DIRIGIR SEM MEDO





Como foi explicitado acima e apesar do nome, esta estratégia de tratamento não visa eliminar o medo e a ansiedade por completo, mas munir o sujeito de recursos para que ele compreenda o que acontece em seu pensamento e organismo e tenha condições de manter um auto-controle para que possa agir de acordo com suas necessidades e desejos.

O trabalho se dá através de algumas fases:

·                      Entrevista de avaliação - nesta etapa serão investigadas possíveis causas da dificuldade, fatores mantenedores do problema, fase do processo em que a pessoa se encontra (em formação, preparando-se para a prova do DETRAN, habilitada) e se há indicação para uma intervenção mais aprofundada.

·                     Psicoterapia – fundamentado na abordagem cognitivo-comportamental, o trabalho é focado, e as técnicas são desenvolvidas a partir da necessidade específica do cliente.  São sessões com duração de 50 minutos em que é trabalhado o autoconhecimento, reestruturação do pensamento e emoção, técnicas comportamentais de manejo de estresse e ansiedade e controle do medo.

·                      Exposição ao vivo – etapa do programa em que a pessoa tem a oportunidade de aplicar os recursos adquiridos na psicoterapia. A prática de direção é acompanhada do psicólogo e de um instrutor, que ficará responsável pela orientação técnica a respeito do carro e trânsito, isso em um carro de um centro de formação de condutores, adaptado para este fim. 

DIRIGIR: ATITUDE CIDADÃ

Dirigir é uma habilidade que, como qualquer outra, exige treinamento para que seja dominada, e não está condicionada ao nível de inteligência do sujeito. Prova disso é que até poucos anos não era exigida sequer a alfabetização para a obtenção da CNH e também que, como verificamos em nossa experiência, a maioria das pessoas que tem problemas com medo de dirigir possuem escolaridade acima da média da população.



Estar no trânsito, acima de tudo, é um exercício de cidadania. Situação em que todos possuem o mesmo direito de ocupar o espaço e devem obedecer as regras de forma igual. Não importa se é um trabalhador braçal ou um juiz, se é um carro antigo ou um zero km, infringindo a lei todos correrão os mesmos riscos, seja de se machucar, ferir alguém ou ter prejuízo material.
Outra questão a ser pensada é sobre a dimensão que damos à representação do carro em nossa vida. É comum ouvirmos que dirigir significa liberdade, felicidade ou que o carro é como um membro da família. Na verdade o carro é um bem como qualquer outro que possuímos, servindo para facilitar a nossa vida e trazer maior conforto no dia a dia. Por a caso a minha felicidade depende do meu computador ou da minha geladeira?
É preciso lembrar também que ele não tem vida própria e que e não sairá desesperadamente pelas vias ou despencará por uma ladeira independentemente da minha vontade. Ele só andará se eu der este comando. Quando eu quiser que ele pare, ele parará. Em resumo sou eu quem está agindo.

O MEDO E A ANSIEDADE

São emoções naturais que não necessitam de aprendizagem e que tem a função de gerar energia e preparar o organismo para evitar ou fugir de um estímulo nocivo. São, portanto, úteis para a sobrevivência da espécie.
O medo é amigo. É ele quem nos diz “pare” quando a situação nos põe em risco. No trânsito é ele quem nos faz agir com cautela e respeitar as regras. O que mata no trânsito é o excesso de coragem, pois sem medo eu corro além do limite, faço ‘bandalha’, não cuido da manutenção do meu carro e não me importo com as regras de circulação.
Outra emoção importante, a ansiedade, é fundamental na ação. É ela que me impulsiona e me faz reagir diante do inesperado.




O medo e a ansiedade só tornam-se problemas quando ao invés de me proteger ou me impulsionar para as ações importantes, me paralisam diante dos desejos e necessidades. É quando, prevendo uma situação de risco, mesmo que imaginária, me ponho em esquiva ou me congelo e não consigo agir. Sem contar com mal estar extremamente desagradável que potencializa a minha avaliação negativa acerca da situação temida.

O CÉREBRO E O MEDO


 Quanto maior a capacidade cerebral do ser, maior será a sua capacidade de antecipar o futuro. Isso é útil para que o ser humano faça o planejamento da sua vida, só que mal utilizado pode funcionar paralizando-o diante de uma preocupação em relação às situações desagradáveis.
O cérebro não consegue distinguir de imediato a realidade da fantasia. Por isso experimentamos reações físicas e emocionais mesmo quando estamos sonhando ou quando estamos diante de uma expectativa de um acontecimento bom ou ruim. É esta peculiaridade do funcionamento cerebral que criará as condições para o surgimento do medo patológico, a Fobia.
O medo, como já disse, é uma emoção natural, desencadeada pela aversão a algo que, estando presente, ameaça o organismo, mesmo que seja desencadeado pela mera expectativa, ou seja, o objeto ou situação perigosa é real.
No caso da Fobia o sentimento de desprazer está ligado ao imaginário da pessoa, independente do objeto ou situação que associamos a esta fantasia. Além disso, o desconforto gerado pela expectativa ruim é extremamente forte e incompatível com a realidade.

sábado, 9 de julho de 2011

PRINCIPAIS CAUSAS DO MEDO DE DIRIGIR



 1) Má formação / despreparo:

 Fruto de uma aprendizagem rápida e ineficiente, somada à percepção de um trânsito agressivo e mal-educado, gerando assim uma sensação de insegurança. É quando a auto-escola prepara o sujeito para tirar a CNH, mas não o prepara para ser motorista. E para estar no trânsito é necessário além do preparo técnico, o preparo emocional.
A intervenção indicada neste caso é a prática de direção (reciclagem) que, com tempo de treinamento, a pessoa adquire as habilidades necessárias e a confiança para assumir plenamente o volante.

2) Trauma:

Contrariando o senso comum, o medo de dirigir causado por eventos traumáticos está entre os casos menos comuns. O trauma pode ter duas causas principais:

·                  Quando resistência à idéia de dirigir se deve a pessoa (ou alguém próximo à ela) ter vivenciado uma situação extremamente desagradável no trânsito;
·                  Outra situação é quando a pessoa teve uma boa aprendizagem na auto-escola, dirigia com tranqüilidade e de repente se bloqueou após algum tipo de acidente (seja com a própria ou com pessoa próxima);

Dentre as causas do medo de dirigir que necessitam intervenção psicológica, esta é a mais simples de se resolver. Seja com psicoterapia para Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) ou até, como acontece em muitos casos, com a recuperação espontânea ao passar do tempo.

3) Medo de dirigir devido à problemas da personalidade:

Esta é a causa mais comum entre as pessoas que buscam ajuda nos serviços especializados e também a que exige um procedimento mais complexo para a sua solução.
Pessoas com este perfil normalmente são muito bem sucedidas em outros aspectos da vida, tendo alto nível de escolaridade e bons empregos.  Geralmente são perfeccionistas e gostam de tudo sob controle, além de serem muito auto-exigentes. Por tudo isso possuem dificuldade em serem avaliadas, tendo baixa tolerância à frustração e à críticas e querem a garantia de que tudo dará certo, mesmo antes de tentarem, o que as fazem desistir com freqüência daquilo que representa algum risco de fracasso. São pessoas que refletem muito, tentando vivenciar a situação ao nível do pensamento e com isso prever todas as dificuldades possíveis, buscando uma falsa sensação de controle, que, ao contrário, só acarretará preocupação e ansiedade elevada em relação a um fato que nem sabe se acontecerá.